SP confirma primeiro caso de sarampo em 2025: quem precisa se vacinar?

O primeiro caso confirmado de sarampo em São Paulo neste ano foi registrado em um homem de 31 anos residente na capital paulista.

Ele já havia tomado as duas doses da vacina tríplice viral e não precisou ser hospitalizado. Segundo autoridades de saúde, o paciente está sem sintomas e completamente recuperado.

A infecção foi detectada após o homem apresentar sintomas ao retornar de uma viagem ao Paraná. O local exato da contaminação ainda está sob investigação pelas equipes de vigilância sanitária.

Apesar do diagnóstico positivo, o caso não exige mudanças nas orientações atuais do Programa Nacional de Imunizações.

Para quem recebeu as doses recomendadas da vacina tríplice viral, a imunização é considerada válida para toda a vida.

Pessoas de até 29 anos devem ter tomado duas doses; já quem tem entre 30 e 59 anos, uma dose única é considerada suficiente, desde que aplicada em momento oportuno.

A vacina tríplice viral protege contra sarampo, caxumba e rubéola, e é parte do calendário vacinal gratuito no Brasil. Para quem não tem o registro de vacinação ou recebeu esquemas incompletos no passado, pode haver necessidade de reforço, conforme avaliação médica.

Em situações de exposição recente ao vírus, a recomendação é buscar a imunização o quanto antes. A vacina aplicada em até 72 horas após o contato com alguém infectado pode ser eficaz para prevenir a doença ou reduzir a intensidade dos sintomas, mesmo em indivíduos já imunizados.

O que é o sarampo?

O sarampo é uma infecção viral aguda, extremamente transmissível, que pode causar complicações graves, especialmente em crianças pequenas e pessoas com imunidade baixa.

Em 2025, com o primeiro caso confirmado em São Paulo, autoridades de saúde reforçam a importância da vacinação e da vigilância.

A transmissão ocorre de forma rápida e direta: basta o contato com gotículas de saliva de uma pessoa infectada, por tosse ou espirro. O vírus permanece no ar ou em superfícies por até duas horas. O período de incubação dura, em média, de 7 a 18 dias após o contágio, e a pessoa infectada pode transmitir o vírus por até quatro dias depois do aparecimento das manchas vermelhas na pele (exantema).

Sintomas e evolução do sarampo

Antes das manchas aparecerem, o sarampo se manifesta com febre, mal-estar, coriza, tosse seca, conjuntivite e falta de apetite. As manchas surgem primeiro atrás das orelhas e depois se espalham para o corpo inteiro. A febre tende a persistir com o início do exantema, e só começa a ceder após o terceiro dia da erupção cutânea.

Crianças também podem apresentar quadros de diarreia. Caso a febre continue mesmo após o desaparecimento das manchas, pode ser um sinal de complicações como pneumonia, otite ou até doenças cardíacas.

Como é feito o diagnóstico e tratamento

O diagnóstico do sarampo é clínico e confirmado por exame de sangue. O tratamento é sintomático: não existe remédio específico para eliminar o vírus. São usados antitérmicos, hidratação e cuidados com olhos e vias aéreas. Em caso de infecção secundária, antibióticos podem ser indicados.

Vacinação: quem precisa tomar a vacina contra o sarampo em 2025

A vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola, é a forma mais eficaz de prevenção. Ela está disponível gratuitamente nas unidades de saúde durante todo o ano, e não é necessário aguardar campanhas específicas.

O esquema vacinal recomendado é:

  • Crianças de 12 meses a menores de 7 anos: uma dose da tríplice viral aos 12 meses e uma da tetra viral aos 15 meses;
  • Jovens de 7 a 29 anos: duas doses da tríplice viral, com intervalo mínimo de 30 dias entre elas;
  • Adultos de 30 a 59 anos: uma dose, se não houver comprovação anterior de vacinação.

Quem já teve sarampo ainda deve se vacinar, já que a tríplice viral protege contra outras doenças. A imunização é contraindicada para gestantes, imunossuprimidos e bebês com menos de seis meses.

Outras dúvidas frequentes sobre a vacina

  • Quem já tomou as duas doses precisa vacinar de novo? Não. A proteção é considerada válida por toda a vida.
  • E se não tiver certeza se já foi vacinado? Em caso de dúvida, o ideal é procurar um posto de saúde. A revacinação é segura.
  • Grávidas podem tomar a vacina? Não. Mulheres devem evitar engravidar por pelo menos um mês após a imunização.
  • Há reações adversas? Algumas pessoas podem apresentar febre, coriza, manchas leves ou tosse entre o 4º e 12º dia após a aplicação.

Profissionais da saúde devem apresentar registro de duas doses válidas da vacina tríplice viral, com 30 dias de intervalo, independentemente da idade.

FONTE: PORTAL EXAME

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