Golpes bilionários, sequestro de dados e a nova guerra invisível

Quando você lê sobre ataques cibernéticos, pode imaginar algo distante. Mas a realidade é bem mais próxima — e devastadora. Um novo relatório da Apura Cyber Intelligence mostrou como, em 2024, golpes virtuais afetaram milhões de pessoas, gerando prejuízos que atingiram governos, hospitais, empresas globais e até pequenos usuários de internet.

Casos como o vazamento de dados da Snowflake, que expôs informações de 110 milhões de clientes da AT&T, e o ataque de ransomware que paralisou a Ascension Healthcare nos EUA, mostram que uma falha digital pode travar hospitais inteiros ou comprometer a segurança de milhões. No Brasil, golpes de SMS falso (“smishing”) enganaram milhares, com mais de 300 domínios fraudulentos identificados em campanhas simulando os Correios.

O coordenador Marco Romer, da Apura, alerta: “Um ataque bem-sucedido a uma empresa pode gerar um efeito dominó, atingindo toda a cadeia de suprimentos.” Segundo ele, a falta de autenticação multifatorial e a reutilização de senhas seguem entre as principais portas de entrada para os criminosos.

Mas a resposta das autoridades também evoluiu. Operações como a “Cronos”, que desmantelou o grupo LockBit, e a “PowerOFF”, que derrubou 27 serviços de ataques DDoS, mostram que a cooperação internacional entre polícia, empresas privadas e agências de inteligência é essencial para conter a escalada dos crimes digitais.

O mundo virtual é o novo campo de batalha — e proteger dados pessoais e corporativos exige vigilância constante. Afinal, a próxima grande vítima de um ataque pode estar apenas a um clique de distância.

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FONTE : O HOJE

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